Populações de leões diminuíram 43% nas duas últimas décadas.
Proteção se estende a subespécies como leão-berbere e leão-do-cabo.
Foto: Foto: AFP Photo/Stephane De Sakutin
Os
leões africanos estão em risco de extinção e serão protegidos como
"espécie ameaçada" pela lei americana, anunciaram as autoridades
nesta segunda-feira (21), meses depois de um massacre de felinos que causou
indignação mundial.
A
sobrevivência dos reis da floresta no oeste da África e na Índia está ameaçada
devido ao "dramático declínio" de exemplares observado, destacou o Serviço
de Pesca e Vida Silvestre dos EUA (FWS, na sigla em inglês).
A
decisão abre caminho para regulamentações estritas de importação e exportação
de carcaças de leões e ocorre depois da morte, pelas mãos de um dentista
americano, do leão Cecil, no Zimbábue, no começo do ano.
A
proteção se estende a outras subespécies da família dos leões, como a
"Panthera leo leo" (leão-berbere), do qual se conhece a existência de
apenas 1.400 exemplares: 900 no oeste e no centro da África e outros 500 na
Índia.
Outra
subespécie ameaçada é a "Panthera leo melanochaita" (leão-do-cabo),
com 17 mil a 19 mil exemplares no sudeste da África, segundo o FWS.
"Hoje
estamos contando a história do ponto de vista do leão", disse Dan Ashe,
diretor do FWS.
A
decisão não restringe a caça de leões africanos, mas representa uma barreira
significativa para aqueles que defendem uma "permissão da caça"
destes animais, acrescentou Ashe.