A Polícia Civil investiga a responsabilidade sobre o
acidente em que um tigre atacou um menino de 11 anos no zoológico de Cascavel,
no oeste do Paraná. Segundo a
polícia, tanto o pai, quanto a guarda patrimonial do zoológico, podem responder
pelo crime de lesão corporal, de acordo com o andamento do inquérito que foi
instaurado ainda na quarta-feira (30), data do acidente.
O menino teve o braço direito amputado na
altura do ombro, após ser atacado por um tigre do zoológico. Ele estava no
local acompanhado do pai. Imagens registradas por testemunhas mostram que a criança brincava adiante da
grade de segurança, alimentando e acariciando o tigre, e também
um leão. O menino passou por uma cirugia durante a noite e permanece internado,
mas seu estado de saúde é estável, sem risco de morrer.
Em entrevista realizada na manhã desta
quinta-feira (31), o delegado Denis Merino, que investiga o caso, deu detalhes
sobre o depoimento do pai, colhido na quarta. "O pai do menino disse que
estava cuidando do outro filho dele, de três anos, que reside aqui em Cascavel,
quando o maior, de 11 anos, se desvencilhou e estava nas proximidades. Tão logo
ele percebeu que o animal atacou a criança, ele o socorreu", afirmou o
delegado.
Ainda segundo Merino, a guarda patrimonial
e testemunhas ainda serão ouvidas. "O código penal prevê que, quando o
responsável legal é omisso, ele responde pelo resultado - no caso, o resultado
foi uma lesão corporal grave. O pai e a guarda patrimonial - que deveria
guardar o local para evitar o acesso de qualquer visitante naquela área - podem
responder pelo crime de lesão corporal. A pena é de 2 a 5 anos", disse.
A guarda patrimonial informou que irá
investigar o caso, e, se constatar que houve falha, abrirá um processo
adminsitrativo contra o agente responsável. A Prefeitura de Cascavel,
responsável pelo zoológico, emitiu uma nota sobre o caso ainda na quarta-feira.
Leia a íntegra:
A veterinária Gladis Dalmina, funcionária do Zoológico
de Cascavel, confirmou que na tarde de hoje (30) aconteceu um acidente
envolvendo uma criança de aproximadamente 11 anos, que ultrapassou a grade de
segurança da jaula e foi atacada por um felino, o Tigre Hu.
Segundo integrantes da equipe de cuidadores, o menor foi
incentivado pelo próprio pai a correr em volta da jaula, dentro da grade de
proteção, provocando o animal. O pai ignorou todas as placas de alerta para
evitar se aproximar do local e não ouviu apelos de quem o observava para cessar
a brincadeira.
Populares que assistiam à cena, gravaram a movimentação
e avisaram os responsáveis, contrariados com o comportamento do pai da criança.
Em certo momento, o menino teria colocado o braço entre
as grades, quando foi atacado pelo tigre. O Siate foi chamado e providenciou o
atendimento e a remoção da criança ao Hospital Universitário, onde recebe os
cuidados.
Fonte: G1.globo.com/brasil.
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