O
Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (4) que o país registrou 745,9
mil casos de dengue entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O total é
234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado e 48,6% menor em
comparação com 2013, quando na mesma época foram notificadas 1,4 milhão de
ocorrências da doença.
Em
2015, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras
semanas do ano, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando
foram registradas 158. Em relação a 2013, quando houve 379 óbitos, há uma queda
de 39,6%.
A
incidência de casos no Brasil para cada grupo de 100 mil habitantes é de 367,8,
índice que para a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa situação de
epidemia (a classificação mínima de epidemia é de 300/100 mil habitantes)
Levando-se
em conta esta informação, sete estados estão em situação epidêmica: Acre
(1064,8/100 mil), Tocantins (439,9/100 mil), Rio Grande do Norte (363,6/100
mil), São Paulo (911,9/100 mil), Paraná (362,8/100 mil), Mato Grosso do Sul
(462,8/100 mil) e Goiás (968,9/100 mil).
No
balanço anterior ao desta segunda, divulgado em 13 de abril e que referia-se
até 28 de março, o país tinha índice de 227,1/100 mil e apenas quatro estados
estavam em situação de epidemia.
É
comum que o número de casos de dengue oscile ao longo dos anos. Em alguns há um
número muito grande de notificações e, em outros, um número menor. Depende
muito dos sorotipos que estão circulando, o que varia de região para região.
Óbitos
Das 229 mortes registradas nas 15 primeiras semanas de 2015, 169 foram no estado de São Paulo – é o maior número. Goiás vem em seguida, com 15, além de Paraná e Minas Gerais, com 8 cada.
Das 229 mortes registradas nas 15 primeiras semanas de 2015, 169 foram no estado de São Paulo – é o maior número. Goiás vem em seguida, com 15, além de Paraná e Minas Gerais, com 8 cada.
Até
18 de abril houve 404 casos graves, elevação de 49,6% na comparação com 2014,
quando foram registradas 270 notificações do tipo. Segundo o ministério, não é
possível comparar ao total de 2013 porque houve mudanças no processo de
classificação da dengue.
Reconheça os sintomas
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta.
Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida.
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta.
Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida.
Por
isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e
consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.
Existem
quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles
causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do
vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só
pode ter dengue quatro vezes.
70%
a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma.
Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à
morte.
Os
principais "sinais de alerta" da doença são dor intensa na barriga,
sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta
de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue.
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue.
A
contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por
milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.
O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.
O
período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre
passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo
sem sangramento. Esse poder ser um problema no atendimento primário nos
hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas
prioritariamente.
Fonte: G1.globo.com
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