O Boca Juniors será o
adversário do Corinthians na grande final da Copa Libertadores. O time
argentino foi até Santiagon esta noite e conseguiu segurar o empate por 0 a 0
com a Universidad de Chile, no Estádio Nacional. Com a vantagem obtida com a
vitória por 2 a 0 no jogo de ida das semifinais, os comandados de Julio Cesar
Falcioni se mantiveram implacáveis e conseguiram a classificação para a decisão
do torneio.
A partida em Santiago foi muito equilibrada e ficou marcada pelas chances desperdiçadas pelas equipes no ataque. O Boca acertou o travessão logo no início do confronto, com Riquelme, enquanto a La U sacudiu a trave do goleiro Orión em duas ocasiões no segundo tempo.
As oportunidades desperdiçadas determinaram o placar final do confronto e credenciaram o time argentino a buscar mais um título da competição. Nos próximos dias, a Conmebol confirmará os locais, datas e horários da decisão continental. O certo é que o primeiro jogo será realizado em La Bombonera, enquanto o segundo será disputado no Pacaembu.
Embora o mando de campo fosse da Universidad de Chile, o Boca Juniors foi mais incisivo na primeira etapa e teve as melhores oportunidades de abrir o placar. Enquanto a La U ia no embalo de seu eufórico torcedor e apostava na manutenção da posse de bola no meio-campo para chegar ao ataque, os argentinos tinham Riquelme comandando as jogadas de ataque e assustando o goleiro Jhonny Herrera.
O primeiro lance de tirar o fôlego dos presentes no Estádio Nacional saiu justamente dos pés do camisa 10. Aos oito minutos, Clemente Rodríguez partir em velocidade pela esquerda e cruzou na entrada da área. Riquelme surpreendeu até mesmo os seus próprios companheiros de clube e acertou um belo chute de primeira. O tiro de chapa passou pelo goleiro chileno e explodiu no travessão de sua meta.
O susto dado nos donos da casa deixou o Boca Juniors animado, mas a ineficiência de Mouche no ataque prejudicou o rendimento da equipe na partida. O atleta teve boas chances de deixar a sua marca e desperdiçou todas na etapa inicial. A oportunidade que desencadeou esta sina do argentino surgiu aos 14 minutos do primeiro tempo. O atleta tomou a frente de Rojas dentro da área, mas se atrapalhou com ela na frente de Jhonny Herrera e tocou fraco, nas mãos do chileno.
Riquelme seguia atormentando os defensores chilenos e acompanhava o bom rendimento de seu setor defensivo quando a La U ameaçava do outro lado do campo. A equipe tentava chegar ao ataque com jogadas pela lateral e conseguiu encaixar uma boa investida aos 23 minutos. Em falta cobrada para dentro da área, Junior Fernandes subiu mais alto que a marcação e exigiu de Orión uma grande defesa para evitar o gol dos donos da casa.
O camisa 10 do Boca Juniors responderia à altura aos 27 minutos. O atleta acertou um lindo lançamento em profundidade para Mouche, mas o atacante desperdiçou novamente na frente de Jhonny Herrera. O atleta tomou a frente dos defensores e partiu em velocidade para a área. Ao ficar cara a cara com o goleiro, o argentino tocou fraco em seu peito e perdeu a oportunidade de abrir o placar.
Três minutos depois, Santiago Silva assustaria os cerca de quatro mil torcedores do Boca que compareceram ao Estádio Nacional. Após nova cobrança de falta para dentro da área, o centroavante tentou o corte e jogou contra o próprio patrimônio. Orión precisou pular na bola e conseguiu segurar sem dar rebote.
A forma como os dois times buscaram o jogo nos minutos iniciais fez com que o desgaste físico ficasse evidente, tornando este desvio de Santiago Silva contra o próprio gol o último de perigo da etapa inicial. Mesmo buscando o gol nos instantes que se seguiram, as equipes não souberam aproveitar os espaços encontrados e voltaram para os vestiários com o zero mantido no placar.
Com a mesma postura demonstrada no primeiro tempo, o Boca Juniors voltou para a etapa complementar apostando nos passes em profundidade para chegar ao gol. Logo aos três minutos, Ledesma foi esperto e lançou Mouche ao ver o atleta se deslocar por trás da zaga. No entanto, Jhonny Herrera se antecipou ao lance e saiu nos pés do jogador para evitar a conclusão.
Se pelo chão o Boca Juniors continuava superior, a Universidad tentou apostar no alto para chegar ao gol. Marino foi o primeiro a arriscar ao aproveitar a sobra de um cruzamento na entrada da área. O chute saiu mascado e ficou nas mãos de Orión. Já aos oito minutos, o goleiro viu Ledesma cometer falta rente à linha que demarca a grande área. Na cobrança, Díaz mandou um chute preciso por cima da barreira e acertou o travessão do estático arqueiro argentino.
Sem se intimidar com o perigo enfrentado na cobrança de falta, os visitantes se lançaram ao ataque novamente. Entretanto, Mouche não estava nos seus melhores dias e perdeu outras duas grandes chances. Aos nove, o atacante ficou cara a cara com Herrera e chutou em cima do goleiro. No minuto seguinte, o jogador ganhou de González dentro da área e finalizou para outra defesa do goleiro chileno.
As chances desperdiçadas por Mouche fariam a La U crescer nos minutos seguintes. Orión precisou se agachar aos 14 para abafar chute de fora da área do defensor González. Dois minutos depois, o goleiro precisou mostrar que estava atento na partida e praticou bela defesa. A zaga do Boca vacilou e permitiu que a Universidade permanecesse com a bola dentro da área. O recuou para trás encontrou Díaz, que acertou uma bomba para grande intervenção do arqueiro.
Mesmo com uma postura aquém daquela que foi apresentada no primeiro tempo, o Boca Juniors continuava intimidando a La U e impedia que Sampaoli lançasse o seu time inteiro ao ataque. Apesar de precisarem do resultado, os chilenos não conseguiram aproveitar a indecisão apresentada pela zaga argentina e pouco ameaçaram Orión nos minutos seguintes.
O arqueiro voltou a trabalhar apenas aos 26 minutos. Em cruzamento para dentro da área, Henríquez correu no meio da marcação e ficou entre os dois zagueiros para cabecear. Mesmo sem sofrer com a proximidade dos defensores, o atleta não pegou bem na bola e concluiu para o chão. A bola pingou na frente de Orión e ficou nas mãos do goleiro.
O arqueiro argentino ainda sofreria um grande susto aos 35 minutos. Ruidiaz recebeu passe dentro da área e deu um toque de cobertura, buscando o ângulo oposto do goleiro. A bola bateu caprichosamente no travessão e ficou com a zaga do Boca Juniors na sequência.
Os dois times teriam duas boas oportunidades antes do fim da partida, mas não conseguiriam tirar o zero do placar. A Universidad ameaçaria aos 43 minutos, em cobrança de falta. A bola percorreu toda a extensão da área, mas Ruidiaz e Rojas não conseguiram concluir na frente de Orión. O Boca, por sua vez, puxou contra-ataque fulminante com Cvitanich. Sem o combate chileno, o atleta escolheu o canto de Herrera e mandou direto para fora.
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 X 0 BOCA JUNIORS
Local: Estádio Nacional do Chile, em Santiago
Data: 21 de junho de 2012, quinta-feira
Horário: 21h15 (de Brasília)
Árbitro: Dario Ubriaco (Uruguai)
Assistentes: Mauricio Espinosa e Miguel Nievas (Uruguai)
Cartões Amarelos: Rojas e Jhonny Herrera (Universidad); Roncaglia, Schiavi, Riquelme e Santiago Silva (Boca Juniors)
UNIVERSIDAD DE CHILE: Jhonny Herrerar, Rodríguez, González (Paulo Magalhães) e Rojas; Mena, Díaz e Aránguiz; Castro (Ubilla), Henríquez e Fernandes (Ruidiaz)
Técnico: Jorge Sampaoli
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma (Rivero), Erviti, Somoza e Riquelme; Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva (Viatri)
Técnico: Julio César Falcion.
A partida em Santiago foi muito equilibrada e ficou marcada pelas chances desperdiçadas pelas equipes no ataque. O Boca acertou o travessão logo no início do confronto, com Riquelme, enquanto a La U sacudiu a trave do goleiro Orión em duas ocasiões no segundo tempo.
As oportunidades desperdiçadas determinaram o placar final do confronto e credenciaram o time argentino a buscar mais um título da competição. Nos próximos dias, a Conmebol confirmará os locais, datas e horários da decisão continental. O certo é que o primeiro jogo será realizado em La Bombonera, enquanto o segundo será disputado no Pacaembu.
Embora o mando de campo fosse da Universidad de Chile, o Boca Juniors foi mais incisivo na primeira etapa e teve as melhores oportunidades de abrir o placar. Enquanto a La U ia no embalo de seu eufórico torcedor e apostava na manutenção da posse de bola no meio-campo para chegar ao ataque, os argentinos tinham Riquelme comandando as jogadas de ataque e assustando o goleiro Jhonny Herrera.
O primeiro lance de tirar o fôlego dos presentes no Estádio Nacional saiu justamente dos pés do camisa 10. Aos oito minutos, Clemente Rodríguez partir em velocidade pela esquerda e cruzou na entrada da área. Riquelme surpreendeu até mesmo os seus próprios companheiros de clube e acertou um belo chute de primeira. O tiro de chapa passou pelo goleiro chileno e explodiu no travessão de sua meta.
O susto dado nos donos da casa deixou o Boca Juniors animado, mas a ineficiência de Mouche no ataque prejudicou o rendimento da equipe na partida. O atleta teve boas chances de deixar a sua marca e desperdiçou todas na etapa inicial. A oportunidade que desencadeou esta sina do argentino surgiu aos 14 minutos do primeiro tempo. O atleta tomou a frente de Rojas dentro da área, mas se atrapalhou com ela na frente de Jhonny Herrera e tocou fraco, nas mãos do chileno.
Riquelme seguia atormentando os defensores chilenos e acompanhava o bom rendimento de seu setor defensivo quando a La U ameaçava do outro lado do campo. A equipe tentava chegar ao ataque com jogadas pela lateral e conseguiu encaixar uma boa investida aos 23 minutos. Em falta cobrada para dentro da área, Junior Fernandes subiu mais alto que a marcação e exigiu de Orión uma grande defesa para evitar o gol dos donos da casa.
O camisa 10 do Boca Juniors responderia à altura aos 27 minutos. O atleta acertou um lindo lançamento em profundidade para Mouche, mas o atacante desperdiçou novamente na frente de Jhonny Herrera. O atleta tomou a frente dos defensores e partiu em velocidade para a área. Ao ficar cara a cara com o goleiro, o argentino tocou fraco em seu peito e perdeu a oportunidade de abrir o placar.
Três minutos depois, Santiago Silva assustaria os cerca de quatro mil torcedores do Boca que compareceram ao Estádio Nacional. Após nova cobrança de falta para dentro da área, o centroavante tentou o corte e jogou contra o próprio patrimônio. Orión precisou pular na bola e conseguiu segurar sem dar rebote.
A forma como os dois times buscaram o jogo nos minutos iniciais fez com que o desgaste físico ficasse evidente, tornando este desvio de Santiago Silva contra o próprio gol o último de perigo da etapa inicial. Mesmo buscando o gol nos instantes que se seguiram, as equipes não souberam aproveitar os espaços encontrados e voltaram para os vestiários com o zero mantido no placar.
Com a mesma postura demonstrada no primeiro tempo, o Boca Juniors voltou para a etapa complementar apostando nos passes em profundidade para chegar ao gol. Logo aos três minutos, Ledesma foi esperto e lançou Mouche ao ver o atleta se deslocar por trás da zaga. No entanto, Jhonny Herrera se antecipou ao lance e saiu nos pés do jogador para evitar a conclusão.
Se pelo chão o Boca Juniors continuava superior, a Universidad tentou apostar no alto para chegar ao gol. Marino foi o primeiro a arriscar ao aproveitar a sobra de um cruzamento na entrada da área. O chute saiu mascado e ficou nas mãos de Orión. Já aos oito minutos, o goleiro viu Ledesma cometer falta rente à linha que demarca a grande área. Na cobrança, Díaz mandou um chute preciso por cima da barreira e acertou o travessão do estático arqueiro argentino.
Sem se intimidar com o perigo enfrentado na cobrança de falta, os visitantes se lançaram ao ataque novamente. Entretanto, Mouche não estava nos seus melhores dias e perdeu outras duas grandes chances. Aos nove, o atacante ficou cara a cara com Herrera e chutou em cima do goleiro. No minuto seguinte, o jogador ganhou de González dentro da área e finalizou para outra defesa do goleiro chileno.
As chances desperdiçadas por Mouche fariam a La U crescer nos minutos seguintes. Orión precisou se agachar aos 14 para abafar chute de fora da área do defensor González. Dois minutos depois, o goleiro precisou mostrar que estava atento na partida e praticou bela defesa. A zaga do Boca vacilou e permitiu que a Universidade permanecesse com a bola dentro da área. O recuou para trás encontrou Díaz, que acertou uma bomba para grande intervenção do arqueiro.
Mesmo com uma postura aquém daquela que foi apresentada no primeiro tempo, o Boca Juniors continuava intimidando a La U e impedia que Sampaoli lançasse o seu time inteiro ao ataque. Apesar de precisarem do resultado, os chilenos não conseguiram aproveitar a indecisão apresentada pela zaga argentina e pouco ameaçaram Orión nos minutos seguintes.
O arqueiro voltou a trabalhar apenas aos 26 minutos. Em cruzamento para dentro da área, Henríquez correu no meio da marcação e ficou entre os dois zagueiros para cabecear. Mesmo sem sofrer com a proximidade dos defensores, o atleta não pegou bem na bola e concluiu para o chão. A bola pingou na frente de Orión e ficou nas mãos do goleiro.
O arqueiro argentino ainda sofreria um grande susto aos 35 minutos. Ruidiaz recebeu passe dentro da área e deu um toque de cobertura, buscando o ângulo oposto do goleiro. A bola bateu caprichosamente no travessão e ficou com a zaga do Boca Juniors na sequência.
Os dois times teriam duas boas oportunidades antes do fim da partida, mas não conseguiriam tirar o zero do placar. A Universidad ameaçaria aos 43 minutos, em cobrança de falta. A bola percorreu toda a extensão da área, mas Ruidiaz e Rojas não conseguiram concluir na frente de Orión. O Boca, por sua vez, puxou contra-ataque fulminante com Cvitanich. Sem o combate chileno, o atleta escolheu o canto de Herrera e mandou direto para fora.
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 X 0 BOCA JUNIORS
Local: Estádio Nacional do Chile, em Santiago
Data: 21 de junho de 2012, quinta-feira
Horário: 21h15 (de Brasília)
Árbitro: Dario Ubriaco (Uruguai)
Assistentes: Mauricio Espinosa e Miguel Nievas (Uruguai)
Cartões Amarelos: Rojas e Jhonny Herrera (Universidad); Roncaglia, Schiavi, Riquelme e Santiago Silva (Boca Juniors)
UNIVERSIDAD DE CHILE: Jhonny Herrerar, Rodríguez, González (Paulo Magalhães) e Rojas; Mena, Díaz e Aránguiz; Castro (Ubilla), Henríquez e Fernandes (Ruidiaz)
Técnico: Jorge Sampaoli
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma (Rivero), Erviti, Somoza e Riquelme; Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva (Viatri)
Técnico: Julio César Falcion.
Fonte: Diário de Natal.
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