A
nova prova é considerada fundamental nas investigações sobre o suposto
envolvimento de Cunha no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras.
Procurada, a assessoria de do presidente da Câmara
afirmou que o deputado não se manifestará e orientou que se procurasse o
advogado de Cunha, com quem o G1 não tinha conseguido falar até a última
atualização desta reportagem.
Nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, antes da
publicação desta reportagem, Cunha
se negou mais uma vez a responder se tem contas na Suíça. Perguntado sobre
o que achava de sua situação no cargo com consecutivas denúncias contra ele,
apenas: "Não acho nada".
Documentos já enviados ao Brasil informam que Cunha
tem 2,4 milhões de francos suíços (cerca de US$ 2,4 milhões ou R$ 9,3 milhões)
no banco Julius Baer, na Suíça – e de que ele foi
comunicado pelo Ministério Público suíço sobre o bloqueio
de suas contas.
Cunha vem dizendo, por meio de notas oficiais, que
reitera o que disse em depoimento à CPI da Petrobras em 12 de março – que
não tem contas no exterior. Em entrevistas, ele vem afirmando que não tem
conhecimento das contas nem das investigações em que é acusado de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro na Suíça. Na semana passada, o MP suíço
transferiu as apurações para o Brasil.
A revelação de que o conjunto de provas da Suíça
contra Cunha tem até a assinatura dele se soma a outras indícios que já
vinculavam Cunha a essas contas – dados pessoais como o endereço e a data de
aniversário dele.
Pessoas com acesso às investigações confirmaram à
TV Globo que a assinatura nos documentos enviados pela Suíça é a mesma
assinatura que Cunha usa em documentos oficiais.
Agora a Procuradoria Geral da República está
estudando se faz um aditamento da denúncia já oferecida, se oferece uma nova
denúncia ou pede um novo inquérito. Não há previsão para essa análise.
Fonte: G1.globo.com
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