O volume de CO2 na atmosfera
atingiu nesta sexta-feira (10) uma marca histórica nos Estados Unidos. Pela
primeira vez, o índice de dióxido de carbono no ar ficou acima de 400 partes
por milhão (ppm) na estação de Mauna Loa, a mais antiga do Havaí. O número significa que, para cada milhão de
moléculas existentes no ar, 400 são de CO2, principal gás ligado ao efeito
estufa.
“É
importante principalmente como um símbolo que marca o progresso constante do
aumento do dióxido de carbono na atmosfera”, afirmou o pesquisador James
Butler, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em
inglês), órgão do governo dos EUA que fez a medição.
A
marca de 400 ppm de CO2 é usada como um limite nas negociações do clima das
Nações Unidas. Já há alguns anos, cientistas do clima têm dito que a
concentração precisa ficar abaixo de 350 ppm; caso contrário, a temperatura
poderia subir, em média, dois graus Celsius até o fim do século.
A
medição do dióxido de carbono é feita em diferentes pontos do planeta, mas
Mauna Loa é considerada uma estação referência pela NOAA. O resultado divulgado
nesta sexta-feira foi, na verdade, registrado na quinta. Dois instrumentos
separados registraram a marca de 400,3 ppm de CO2.
Há
pelo menos 800 mil anos – e, possivelmente, há 5 milhões de anos –, a
concentração de carbono na atmosfera não atingia um nível tão alto. Quando isso
ocorreu, a temperatura do planeta também subiu.
O
dióxido de carbono fica na atmosfera por centenas de anos. Seu aumento recente
está associado à queima de combustíveis fósseis – carvão e derivados do
petróleo. Antes da revolução industrial, a concentração flutuava entre 180 ppm
e 280 ppm.
QUAL SERÁ NOSSO FUTURO?
Fonte: G1.globo.com
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