João nasceu numa pequena aldeia
chamada Aim Karim, próxima à cidade de Jerusalém, por volta do ano 7
a.C. . Era considerado, por muitos, um homem consagrado.
A sua educação foi grandemente
influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu
pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade religiosa chamada
“as filhas de Araão”. Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação judaica,
todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem “escolar”. Como em Judá não
existia uma escola, seu pai e a sua mãe a ensinaram-no a ler e a escrever, e o
instruíram nas atividades regulares.
Aos 14 anos, os meninos graduados nas
escolas da sinagoga iniciam um novo ciclo na sua educação João foi então levado
à Engedi (atual Qumram) com o intuito de ser iniciado na educação nazarita. Lá
João fez os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes,
deixar o cabelo crescer, e não tocar nos mortos.
O pai de João, Zacarias, morreu por
volta do ano 12 d.C. João teria 18-19 anos de idade, e teria sido um grande
esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos.
Com a morte de sua família, João
ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de
todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que
se tornou seu “objetivo de vida” – pregar aos gentios e admoestar os judeus,
anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
A sua forma peculiar de vestir, com
peles de animais, e o seu método de exortação nos seus discursos públicos,
demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi
muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas
palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias
nas ações de João.
O Discurso principal de João era a
respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o
Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua
dignidade como nação independente.
Ao contrário do que se pensa, João
não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimônia
praticada. A inovação de João teria sido a abertura da cerimônia à conversão
dos gentios, causando assim muita polêmica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João
pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar
as alparcas (as correias das sandálias).
Nessa aldeia também, João acusou
Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua
cunhada Herodíade. Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e
valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
O batismo de Jesus
João batizava em Pela, quando Jesus
se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é
resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência
de João, como ouvir a voz de Deus. Nesta altura, João encontrava-se no auge das
suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios
arrependidos.
Os relatos Bíblicos contam a história
da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “Este é o meu filho
amado no qual ponho toda a minha complascência”.
Diz-se que uma pomba esvoaçou sobre
os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação
do Espírito Santo até hoje.
O aprisionamento de João ocorreu na
Pereia. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi
mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento
apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua
filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de
João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
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