Foto: R7.com
O tufão Haiyan que devastou a região
central das Filipinas provocou 3.621 mortes, anunciou nesta
sexta-feira (15) o Conselho Nacional para a Redução e a Gestão das Catástrofes
Naturais.
Desde a passagem do tufão, há uma semana,
1.140 pessoas foram consideradas desaparecidas, afirmou à AFP Reynaldo Balido,
porta-voz do organismo governamental.
O balanço anterior do governo citava 2.360
vítimas fatais e 77 desaparecidos.
Poucas horas antes, o Escritório de
Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em
inglês) anunciou um balanço de 4.460 mortos.
O organismo afirmou ter obtido os dados da
unidade regional do comitê filipino, que no entanto desmentiu os números, antes
de anunciar o balanço revisado.
Balido afirmou que o aumento do número de
mortes foi confirmado após a transmissão de novas informações das autoridades
locais.
"As operações de limpeza (das
estradas e das cidades) continua e veremos se encontramos mais corpos nos
escombros", disse.
O tufão Haiyan devastou o centro das
Filipinas, sobretudo as ilhas de Leyte e de Samar, deixando centenas de
milhares de desabrigados, que lutam por acesso à água e comida.
O governo dos Estados Unidos anunciou o
envio de 1.000 militares às Filipinas para reforçar o contingente no
arquipélago e ajudar nas tarefas de resgate.
Os militares devem chegar em seis dias ao
país a bordo dos navios anfíbios "USS Germantown" e "USS
Ashland".
Outros 100 marines da mesma unidade serão
enviados à região de avião.
Washington envia ao país asiático
equipamentos para ajudar na liberação das estradas, geradores e depósitos de
água potável.
Outros 5.000 marines chegaram às Filipinas
a bordo do porta-aviões "USS George Washington", com material logístico,
para socorrer as vítimas do supertufão.
Enterros
Vítimas do tufão Haiyan já começaram a ser enterradas em valas comuns na cidade de Tacloban, uma das mais afetadas pelo desastre na região central das Filipinas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Vítimas do tufão Haiyan já começaram a ser enterradas em valas comuns na cidade de Tacloban, uma das mais afetadas pelo desastre na região central das Filipinas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Cerca de 100 corpos foram colocados ontem
em sacos pretos e depositados em valas comuns, sem cerimônia nem orações
fúnebres, na presença de Alfred Romualdez, prefeito da capital da ilha de
Leyte, em Visayas Oriental.
'Espero que esta seja a última vez que
vejo algo assim. Quando vejo isso, me lembro do que aconteceu desde a
tempestade até agora', disse Romualdez, que há poucos dias teve que suspender
uma primeira tentativa de enterro devido a um tiroteio.
Fonte: G1.globo.com/mundo
China
Na China, o jornal oficial Global Times afirmou que o país deve enviar navios de guerra às Filipinas, país com o qual mantém uma disputa territorial, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan e contra-atacar a influência dos Estados Unidos e Japão.
Na China, o jornal oficial Global Times afirmou que o país deve enviar navios de guerra às Filipinas, país com o qual mantém uma disputa territorial, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan e contra-atacar a influência dos Estados Unidos e Japão.
"O envio de navios de guerra em tais
circunstâncias é bem intencionado. Se Manila não aceitar, ficaria comprovada
sua visão estreita", destacou o jornal.
O porta-voz do ministério chinês das
Relações Exteriores, Hong Lei, disse que o texto reflete apenas a "opinião
do jornal".
China e Filipinas disputam a soberania do
atol de Scarborough, a 200 km das costas filipinas, ocupado por Pequim em 2012.
Fonte: G1.globo.com.
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