O presidente dos EUA, Barack Obama,
anunciou nesta sexta-feira (17) uma redução dos poderes da NSA (Agência de
Segurança Nacional), mas que não interrompe a coleta de dados de inteligência
no país.
Entre as medidas, Obama anunciou que vai interromper a
espionagem governamental de dezenas de líderes internacionais que são amigos e
aliados dos EUA.
Os provedores de serviços de comunicação também poderão
dar mais informações aos usuários sobre requisições de dados feitas pelos
órgãos do governo americano.
Obama também prometeu aos cidadãos estrangeiros mais
proteção em relação à possível coleta de seus dados.
As medidas também prevêem fim do armazenamento,
por parte do governo, de uma enorme quantidade de dados telefônicos, os
chamados metadados. Obama vai pedir que seja desenvolvido um método alternativo
para guardar essa informação.
Obama voltou a defender as práticas de espionagem do
governo, que, segundo ele, são essenciais para prevenir ataques terroristas.
O presidente americano também voltou a criticar o
vazamento de informações, afirmando que "vai levar anos" até o país
entender as consequências dele.
Vazamentos
As mudanças foram estimuladas pelos vazamentos de informações feitos, ao longo do último ano, pelo ex-consultor de inteligência Edward Snowden.
As mudanças foram estimuladas pelos vazamentos de informações feitos, ao longo do último ano, pelo ex-consultor de inteligência Edward Snowden.
Snowden, um ex-contratado da NSA agora exilado na
Rússia, divulgou por meses nos meios de comunicação internacionais denúncias
sobre a espionagem americana de líderes de outros países, como Brasil e
Alemanha.
As revelações enfureceram os aliados de Washington,
envergonharam a Casa Branca e escandalizaram legisladores e ativistas do
direito à privacidade.
O governo americano assegura que a informação arrecadada
é usada apenas para localizar suspeitos de terrorismo e que as autoridades não
ouvem ligações telefônicas pessoais.
Em dezembro, um painel de cinco especialistas escolhidos
por Obama formulou 46 recomendações, muitas delas focadas no programa
ultrassecreto de coleta de dados das chamadas telefônicas feitas no país.
Fonte: G1.globo.com
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