O
telefone toca. Do outro lado da linha o técnico Dedé Pederneiras dá a notícia:
“você luta pelo cinturão do UFC em breve, mas, não conte a ninguém”. Ao ouvir
isso a primeira lembrança que perturba Renan Barão foi o passado pobre que
deixou para trás graças ao esporte. O futuro lhe reservava poucas
oportunidades. Barão foi criado pelos avós que ganhavam a vida com a venda de
feijão verde numa feira nos finais de semana em Natal, no Rio Grande do Norte.
Mas, enfim, ele se sentia recompensado por sempre ter apostado nas artes
marciais. Em um dos poucos momentos que trocou os treinos por uma entrevista,
ele disse: “Nunca duvidei que um dia eu viveria das lutas, nunca duvidei de
mim, minha avó ganhava um salário mínimo na feira, era tudo que a gente tinha,
mas eu sabia que a luta podia mudar meu futuro”.
Restam três dias para o confronto mais importante da vida de Barão. Um
momento que poderá escrever o nome desse atleta na história do MMA. No próximo
sábado, ele terá a chance de sair do Canadá com o cinturão de campeão interino
peso galo (61kg) do UFC
O Brasil
superará os Estados Unidos e será o país com maior número de campeões no UFC em
caso de vitória do Barão e ele sabe disso. O atleta bom de boxe tenta não
pensar nisso para não se sentir ainda mais pressionado, mas não tem como
escapar dessa lembrança. “Com certeza, passa pela minha cabeça que se eu vencer
o Brasil será o país com maior número de campeões, mas estou focado na luta,
isso que importa agora” – diz sem hesitar. “Essa vitória vai ser boa para o meu
país, para minha família, para minha equipe, mas to concentrado na luta, eu
tenho que pegar o cinturão para ver o que vai mudar de verdade no meu dia a
dia”. No próximo dia 21 a vida dele será outra.
Fonte: Nova Cruz Oficial.
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