Em 11 de agosto de 1984, a Seleção Brasileira chegou a sua primeira
final olímpica. Já com status de tricampeã mundial, enfrentou a França. Dois
gols franceses no segundo tempo colocaram a prata no pescoço dos brasileiros e
deram início a uma expectativa sem fim pelo ouro olímpico. Eternizada ontem. Em
11 de agosto de 2012, o Brasil perdeu a sua terceira final olímpica. Para o
México. Ficou com a prata.
Uma derrota em 28 segundos. A ansiedade em
acabar com a lacuna histórica na galeria de títulos da Seleção fez o Brasil
partir para cima assim que o juiz autorizou o início da partida. A pressão
levou a bola até o goleiro Corona. Um chutão para frente. A bola caiu nos pés
de Rafael. O lateral poderia ter feito tudo. Menos errar um passe em sua
intermediária defensiva. O México roubou a bola. Peralta recebeu livre e chutou
de fora da área. Rasteiro. Defensável. Mas o goleiro Gabriel estava mal
posicionado: 1 a 0.
A desvantagem aumentou a ansiedade. Transformou-a, na verdade. A corrida
agora não era em busca do ouro. Era para se livrar da prata. Dos traumas do
passado. Uma busca que tinha como piores adversários não os mexicanos, mas o
relógio, acelerado, e o desequilíbrio emocional. Neymar, principal craque do
time, errou tudo o que tentou no primeiro tempo. O time não evoluía. Estava
perdido em campo.
A apatia fez o técnico Mano Menezes resolveu mudar no time ainda no
primeiro tempo. Sacou Alex Sandro, entrou Hulk. Que precisou de três lances
para se tornar o melhor atleta brasileiro em campo. Quase empatou com um chute
forte de muito longe, rebatido com dificuldades pelo goleiro. Havia esperança.
Até porque o Brasil voltou bem para o segundo tempo. Teve chances.
Desperdiçadas. Aos poucos, o desespero tomava conta dos atletas. E abria
espaços para o México. O Brasil abandonou a defesa. Justamente o seu setor mais
deficiente. Foi castigado.
A derrota poderia ter sido decretada aos 18 minutos, quando
Fabian apareceu cara a cara com o goleiro Gabriel. Se enrolou. Tentou no
rebote, mas mandou no travessão. Pouco depois, o mesmo Fabian ficou muito perto
do segundo gol. Perdeu. A sorte ajudou até quando podia. Aos 28 minutos, porém,
até ela abandonou a defesa brasileira. Em mais um erro de marcação, Peralta fez
o segundo. Levou o ouro para o México. O Brasil ainda diminuiu. Hulk, no minuto
final. Somente para tornar a prata mais dolorosa. Mais amarga.
Fonte: Diário de Natal.
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