HOMENAGEM AOS ETERNOS AVÓS
(TEODOMIRO BORGES DA SILVA,
OTAVIO DAMIÃO DA SILVA, LUIZ BENTO DA SILVA, GERTRUDES DO CARMO SILVEIRA)
Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e
dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a
falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias,
sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.
Sabemos
que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e
crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao
mundo. A perda
deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa
infância.
Os avós que participam na infância dos seus netos
deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a
vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam
invisíveis.
Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós
envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos. Eles são uma rede de
apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo
que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem
cedo.
O vínculo dos avós com os
netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por
isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou
adolescente. Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.
Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito
presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com
a nossa família e
também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos
netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.
Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo,
enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre
foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua
luz, a sua memória.
A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas
que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela
árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos
costurou e que ainda hoje temos.
Estão
no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um
dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos
contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso
queixo que herdamos deles.
Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas
emoções
de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos
ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles, a saborear uma
tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que
existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.
É
a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um
passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol.
Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade
das pessoas.
No
legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a
cada dia.
João Marcos Borges - Agreste Em Foco RN.
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