Um tripulante da companhia
Avianca que estava em uma rota próxima ao voo da Chapecoense afirmou ter ouvido
o diálogo entre o piloto da aeronave da LaMia e a torre de controle do
aeroporto colombiano de Rionegro, perto de Medellín, segundo os jornais
"El Espectador" e "El Heraldo". Ouça o relato.
O tripulante da
Avianca relatou que, enquanto uma aeronave da Viva Colômbia estava pousando, de
repente chegou o piloto do voo da Lamia e disse: "solicitamos prioridade
para aterrissar, temos problemas de combustível. Mas, nesse momento, ele não se
declarou em emergência”.
Na sequência, segundo o tripulante da
Avianca, a controladora de voos do Aeroporto de Rionegro afirmou ao piloto da
LaMia: "temos um problema, um avião está aterrissando em emergência".
Ainda de acordo com o tripulante da
Avianca, a controladora de Rionegro pediu à tripulação do voo da Avianca 9256
que virasse à esquerda, quando o piloto de LaMia passou por eles a toda.
"Quando ele [piloto da LaMia]
iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha
elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder
[a descida]. Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu", disse o
tripulante da Avianca.
Segundo a Viva Colômbia, o voo FC 8170 apresentou "uma indicação na
cabine" que levou o comandante a interromper o trajeto original. A empresa
disse, em comunicado, que não chegou a declarar emergência.
O avião pousou à 0h51 em Medellín.
Quatro minutos depois, o avião da Lamia com a delegação da Chapecoense
desapareceu dos radares do Flight Radar 24, um serviço de monitoramento de
voos, quando estava a 33 km do aeroporto.
Mortes
O avião, um Avro RJ-85 da companhia de voos fretados LaMia, levava o time da Chapecoense, jornalistas e convidados para Medellín, onde a equipe jogaria nesta quarta-feira (30) contra o Atlético Nacional, pela partida de ida da final da Copa Sul-Americana.
O avião, um Avro RJ-85 da companhia de voos fretados LaMia, levava o time da Chapecoense, jornalistas e convidados para Medellín, onde a equipe jogaria nesta quarta-feira (30) contra o Atlético Nacional, pela partida de ida da final da Copa Sul-Americana.
A aeronave levava 77 pessoas, sendo 68 passageiros e
nove tripulantes. No acidente, morreram 71. Seis foram resgatados com vida: os
jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto, o jornalista Rafael Henzel, a
comissária de voo Ximena Suarez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri.
Fonte: G1.com/mundo.
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