terça-feira, 24 de junho de 2014

AGRESTE CULTURA - A Igreja Católica celebra hoje 24 de Junho São João Batista.

João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, próxima à cidade de Jerusalém,  por volta do ano 7 a.C. . Era considerado, por muitos, um homem consagrado.
A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade religiosa chamada “as filhas de Araão”. Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem “escolar”. Como em Judá não existia uma escola, seu pai e a sua mãe a ensinaram-no a ler e a escrever, e o instruíram nas atividades regulares.

Aos 14 anos, os meninos graduados nas escolas da sinagoga iniciam um novo ciclo na sua educação João foi então levado à Engedi (atual Qumram) com o intuito de ser iniciado na educação nazarita. Lá João fez os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, deixar o cabelo crescer, e não tocar nos mortos.
O pai de João, Zacarias, morreu por volta do ano 12 d.C. João teria 18-19 anos de idade, e teria sido um grande esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos.
Com a morte de sua família, João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou seu “objetivo de vida” – pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.

A sua forma peculiar de vestir, com peles de animais, e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente.

Ao contrário do que se pensa, João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimônia praticada. A inovação de João teria sido a abertura da cerimônia à conversão dos gentios, causando assim muita polêmica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias).
Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíade. Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.

O batismo de Jesus
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João, como ouvir a voz de Deus. Nesta altura, João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “Este é o meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”.

Diz-se que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo até hoje.

O aprisionamento de João ocorreu na Pereia. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.

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